A exposição ocupacional continuada à vibração pode causar sérios prejuízos à saúde do trabalhador, como doenças vasculares, neurológicas e musculares, se não houver controle efetivo dos riscos e proteção adequada para as chamadas vibrações localizadas (de mãos, braços ou extremidades) ou de corpo inteiro.
Segundo a especialista e instrutora em vibração ocupacional Giulia Mezoni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, principalmente com a publicação da Portaria Nº 1.297/2014, do Ministério do Trabalho, que estabeleceu limites de tolerância para a exposição à vibração.
Como a portaria é praticamente recente, Mezoni observa que falta maior preparo dos profissionais de segurança para implementar a medida de forma efetiva nos ambientes de trabalho.
Em entrevista ao SST em Áudio, da plataforma Sesi Viva Mais, Mezoni explica que a exposição à vibração não é passiva, ou seja, é preciso que haja o contato do trabalhador com o equipamento. “Depende muito do tipo de máquina a que o colaborador está exposto para saber qual parte do corpo será atingida e avaliar os efeitos na sua saúde”, complementa.
A especialista destaca a importância de realizar levantamentos eficientes dos níveis de vibração das máquinas, com base nos parâmetros da legislação brasileira e das normas internacionais.
Também chama a atenção para a manutenção e troca de componentes gastos ou defeituosos em veículos e equipamentos. “Esses são fatores importantes quando se trata de vibração ocupacional, além de controle médico eficiente e outras medidas, a exemplo do rodízio de função, substituição de ferramentas, pausas regulares para reduzir o tempo de exposição do trabalhador e uso de EPIs apropriados”.
Outro aspecto abordado é a chamada Síndrome de Raynaud, também conhecida como ‘síndrome dos dedos brancos’, que pode resultar na perda do controle e sensibilidade dos dedos.
Para ouvir a entrevista completa, acesse o link.